Tapa na cara em baile funk motivou a morte de segurança, afirma delegado

Tapa na cara em baile funk motivou a morte de segurança, afirma delegado

Webmaster 11/02/2014 - 07:49
Pregador de igreja de 19 anos queria se vingar da vítima, em São Carlos.
Ele foi preso nesta segunda-feira no Jardim Zavaglia após uma denúncia.



A vingança por um tapa na cara durante uma discussão em um baile funk, em São Carlos (SP), teria motivado o assassinato do segurança Adroaldo Barbosa Gonçalves de 21 anos, em janeiro deste ano no supermercado Dia, segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O suspeito, o pregador de uma igreja evangélica Gabriel Gonçalves da Silva, de 19 anos, foi preso nesta segunda-feira (10) após uma denúncia anônima e confessou o crime.

De acordo com o delegado Gilberto de Aquino, em depoimento, o suspeito relatou que ele e o segurança se desenteram em um baile funk, mas a motivação da briga e a data do baile não foram revelados. Gonçalves, que trabalhava como segurança no local, teria dado um tapa na cara de Silva. "Ele ficou com o pensamento de vingança e descobriu que ele trabalhava no supermercado. Ele conseguiu uma arma de fogo, foi ao local e ficou observando a vítima", disse.

Ainda segundo Aquino, o suspeito relatou que no dia do crime estava com o mesmo terno que usava nas pregações para não levantar suspeitas. "Quando o supermercado estava próximo a fechar ele foi em direção a ela e efetuou um disparo. Ele adentrou ao estabelecimento, roubou uma caixa com R$ 1.150 e um aparelho celular para que o funcionário não chamasse a polícia", afirmou.

Fuga
Após o assassinato, Silva teria se escondido em várias casas nos últimos dias e, após uma denúncia, foi localizado na residência de uma família no Jardim Zavaglia. Quando a polícia chegou, ele tentou trancar as portas e se esconder, mas acabou se entregando.

Arrependimento
Em entrevista à reportagem do Jornal da EPTV, o pregador se disse arrependido do crime e pediu perdão para a família do segurança. "Eu me arrependi. A partir do momento que você se arrepende, você não carrega culpa no coração, mas você tem que pagar pelo que fez. Eu peço perdão para a esposa e os filhos", disse.

Silva, que já teve a prisão temporária decretada pela Justiça, deve ser indiciado por homicídio. Ele foi levado para o Centro de Triagem de São Carlos e deve ser transferido para alguma penitenicária da região.

O homicídio
O crime ocorreu na noite do dia 4 de janeiro no bairro Cidade Jardim e, segundo a Polícia Militar, o suspeito entrou no supermercado e deu um tiro na cabeça da vítima. Depois, ele pegou um caixa com R$ 1 mil e fugiu com o dinheiro.
Uma equipe da Unidade de Suporte Avançado (USA) foi acionada para prestar atendimento à vítima, mas ao chegar ao local encontrou o segurança já sem vida. O segurança era casado e pai de uma criança de dois anos.

Vídeo
Imagens das câmeras de segurança e uma página em uma rede social ajudaram na identificação de Silva, que pregava em uma igreja há três anos. Testemunhas do crime prestaram depoimento e reconheceram o suspeito através das roupas que ele usava.

O que chamou a atenção da polícia é que o terno usado pelo rapaz no dia crime é o mesmo que ele usava durante pregações. De acordo com familiares, desde o dia do assassinato ele não voltou mais para casa, no bairro Douradinho.

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