Centenas de ex-trabalhadores da Rigor formam fila em sindicato em busca de direitos

Centenas de ex-trabalhadores da Rigor formam fila em sindicato em busca de direitos

Webmaster 26/05/2014 - 09:48
Fila de trabalhadores dava a volta no quarteirão

A manhã desta segunda-feira (26) foi muito triste para centenas de trabalhadores que foram dispensados da Rigor Alimentos, pois o que era apenas uma hipótese, agora é uma realidade, já que a empresa não possui recursos financeiros para pagar os salários atrasados, cesta básica e até mesmo a rescisão de trabalho.

O Descalvado Agora entrevistou o representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de Porto Ferreira, o Sr. Orlando Santos, e o mesmo nos informou que hoje está apenas sendo entregue aos funcionários demitidos, a documentação necessária para que deem entrada junto a Caixa Federal, no pedido do benefício do Seguro Desemprego.

Orlando nos disse ainda que está tentando fazer um acordo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, para que no prazo de 10 dias, os funcionários recebam a sua rescisão de trabalho, para que possam realizar o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), porém essa rescisão será feita com um valor irrisório, já que de acordo com Orlando, a empresa não possui recursos financeiros para promover com o pagamento dos direitos dos trabalhadores. Há ainda o agravante de que para grande parte dos trabalhadores, a Rigor não estava fazendo o depósito mensal do FGTS, sendo assim, mesmo com as rescisões em mãos, o valor que irão receber pode ser menor do que possuem direito.

Segundo informações não confirmadas, a empresa estaria tentando fazer a venda de alguns imóveis para conseguir honrar com os direitos trabalhistas, porém a informação que obtivemos é a de que outros pontos de produção, em outras cidades, também foram fechadas.

Realmente é uma triste realidade para Descalvado, que viveu situação semelhante a esta em 2009, quando do encerramento das atividades da Coperfrango. Na época a economia da cidade viveu uma dura crise, já que a maioria esmagadora dos trabalhadores demitidos só conseguiram receber seus direitos na justiça, e ao que parece, isso se repetirá com os mais de 600 funcionários demitidos essa semana. E o que mais preocupa é que será muito difícil, a curto prazo, a recolocação no mercado de trabalho de todos esses trabalhadores.
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