Ladrão se passa por benzedor e furta

Ladrão se passa por benzedor e furta

Webmaster 05/12/2014 - 18:29
Pelos menos duas aposentadas caíram no golpe do estelionatário.
Polícia analisa imagens de câmeras para tentar identificar o suspeito.



Um homem que se passou por benzedor e furtou joias e dinheiro de ao menos duas casas de idosas em Brotas (SP), segundo a Polícia Civil. O suspeito entrou nas residências afirmando que iria abençoar o local. Enquanto as fieis rezavam, ele pegou os objetos de valor, inclusive um cartão de crédito de uma delas. A polícia analisa a gravação feita por câmeras de segurança de uma loja na cidade de Torrinha (SP), próxima ao município de Brotas, onde o golpista fez compras usando o cartão da vítima, para identificar o suspeito.

A aposentada Maria Thereza de Almeida Pinotti, de 81 anos, contou que a imagem do estelionatário não sai de sua cabeça. “Ele é moreno claro, cabelo cheio, bem vestido, sabe conversar. Eu nunca iria desconfiar”, disse.

O homem bateu na porta da casa dela durante o dia, disse ser benzedor e pediu para que ela colocasse joias e dinheiro em cima da mesa. “Ele disse que ia benzer, pediu para colocar os remédios, a bolsa e as carteiras em cima da mesa, por causa do dinheiro. Ele não quis uma corrente porque não era de ouro”, relatou.

A prima da aposentada chegou, mas o estelionatário conseguiu distrair as duas, pegou o que queria e foi embora. “Enquanto ela foi pegar o copo de água lá embaixo, ele pediu para eu pegar um também. Ele roubou dinheiro, joias e o cartão do banco”, contou a aposentada.

Outra vítima
Outra senhora de 90 anos também caiu no golpe. O homem entrou na casa dela e agiu da mesma forma. Uma amiga da mulher procurou o padre Sandro Portela, da Igreja Matriz da cidade, e contou o que havia acontecido. “Ele disse que iria passar para dar uma benção nessa época de final de ano, preparativos de Natal, aí pede objetos e leva embora”, contou.

O padre alerta que esse tipo de trabalho não é feito pela igreja católica. “Nós temos visitas missionárias, fazemos visitas às casas, mas sempre por pessoas conhecidas. Mesmo quando fazemos semanas missionárias, não pedimos objetos e nem para entrar. A conversa é feita no portão”, explicou.

A aposentada Aparecida Bianchin Martineli mora na cidade há 20 anos e contou que o local sempre foi tranquilo. No entanto, está com medo e passou a trancar o portão. “Com medo, porque fiquei apavorada”, lamentou.

G1

Logo do Facebook Deixe seu comentário