Com "barriga solidária", mulher ajuda a irmã a gerar bebê em Rio Claro

Com "barriga solidária", mulher ajuda a irmã a gerar bebê em Rio Claro

Webmaster 12/02/2015 - 06:20
Auxiliar administrativa não pode engravidar por conta de riscos à saúde.
"Já que eu posso, eu estou aqui, por que não?", disse a irmã Kátia Freschi.



Uma operadora de caixa de Rio Claro (SP) está ajudando a irmã a realizar o sonho de ser mãe, gerando a sobrinha. Como a irmã não pode engravidar por conta de riscos à saúde, ela decidiu oferecer a "barriga solidária". “Já que eu posso, eu estou aqui, por que não?”, afirmou Kátia Freschi de 33 anos.

Na consulta com o médico as duas vão juntas e tiram dúvidas sobre a saúde do bebê, que deve nascer em maio. Elas querem saber cada detalhe para ter certeza de que está tudo bem.

A maior apreensão é da auxiliar administrativa Karina Freschi de 36 anos, que é a mãe biológica do bebê. Foram quase dez anos tentando ser mãe até que o médico disse que engravidar novamente seria um risco alto. “É uma hipertensão grave e muito precoce, que não permite que a gestação evolua e passe dos cinco meses”, afirmou o ginecologista Davi Butros

O impedimento de ter um filho deixou Karina abalada. “O tempo foi passando e eu parei e pensei: Eu já estou com mais de 30. Ou é agora ou nunca mais. As pessoas viravam para mim e falavam assim: Você já não viu que Deus não quer? Aquilo entrava como uma facada no seu coração. Não é isso, eu tenho provar para Deus que eu quero”, disse.
Laura

Comovida com a luta a irmã, Kátia resolveu ajudar. Apesar de já ser mãe de uma adolescente de 18 anos e um menino de 4, ela fez o tratamento e engravidou. “Foi quando eu tive a ideia e falei para ela: Vamos tentar comigo”, afirmou.

Hoje ela está no sexto mês de gestação e sabe que assim que o bebê nascer vai tomar um medicamento para secar o leite. “Não se faz o aleitamento nesses casos, principalmente para que não haja nenhum vínculo da maternidade”, disse o ginecologista.

A família já sabe que será uma menina e o nome será Laura, que significa vitória. Assim que o bebê nascer, vai ser entregue à mãe para já ter um contato direto com ela. “Dar para ela essa conquista, esse sonho realizado para ela, é uma grande satisfação para mim. Alegria maior para mim vai ser ver ela realizando o sonho”, disse Kátia.

Barriga solidária
A "barriga solidária" só é permitida entre parentes, geralmente mãe, irmã e prima, que possa levar a gestação em favor de outra mulher ou de outro casal, seja com material genético do casal, ou com material genético retirado de um banco de esperma, ou de óvulo. No Brasil, é proibido receber dinheiro para ceder o útero.

G1

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