Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado na Antártica

Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado na Antártica

Webmaster 16/07/2015 - 09:41
Espermatozóide pertence a família que inclui minhocas e sanguessugas; descoberta foi feita por acaso.




Especialistas descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártica.

O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional.

Acredita-se que a descoberta, divulgada na publicação Biology Letters, seja 10 milhões de anos mais velha que o registro anterior.

Cientistas dizem que o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal.

";Pode parecer que a amostra esteja preservada em detalhes perfeitos mas, no final, a estrutura em si está fossilizada";, disse o paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta.

";Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda.";
";Mas, mesmo se a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais.";

A descoberta foi feita por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur, enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártica.

Segundo Bomfleur, ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter micro-organismos.

";Analisamos os casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos para ver se há alguma coisa dentro";, diz. ";Mas foi uma surpresa encontrar esperma.";

A equipe quer, agora, analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que descobertas semelhantes podem ser feitas.

";Acreditamos que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm registro fóssil";, diz o artigo.



G1

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