Ninhos com mais espaço reduzem estresse de porcas, diz estudo da USP Pirassununga

Ninhos com mais espaço reduzem estresse de porcas, diz estudo da USP Pirassununga

Webmaster 17/09/2015 - 09:31
Um estudo da Universidade de São Paulo USP, em Pirassununga, revela que os porcas necessitam de mais espaço para poderem amamentar. Com isso, o nível de estresse das fêmeas diminui, o que reduz a mortalidade dos animais. Os pesquisadores acompanham os suínos 24 horas por dia, desde a sua gestação, por meio de câmeras e aparelhos celulares.

Segundo a pesquisa, na criação tradicional as fêmeas ficam em gaiolas com pouco espaço durante a gestação e o parto. A situação prejudica também os produtores, que chegam a perder até 12% dos filhotes até o terceiro dia de vida.

Um compartimento na gaiola diminui a possibilidade de a mãe esmagar os filhotes, porém aumenta o nível de estresse das fêmeas que ficam até com depressão. "Dessa forma o animal vai parir de maneira infeliz porque o estado mental é negativo. Ele não está conseguindo fazer o que milhões de anos de evolução programou para ele fazer", disse o pesquisador Adroaldo Zanella.

Alojamentos
Durante as pesquisas, foram usados outros tipos de alojamentos, com mais espaço, capaz de deixar os animais mais à vontade. No sistema alternativo, os porquinhos ficam soltos nas baias, situação que permite a volta de um hábito natural que foi perdido ao longo dos anos.

"Evolutivamente esses indivíduos foram adaptados a construir seu próprio ninho. As fêmeas buscam galhos e grama e constroem um ninho complexo, isso horas antes do parto", disse a pesquisadora Patrícia Tatemoto.

Os pesquisadores afirmam que o bem-estar dos animais no sistema de baias não compromete a produtividade. "Preocupações éticas e de bem-estar estão hoje no pensamento do consumidor então a garantia de sustentabilidade no setor produtivo para que os animais sejam tratados de uma forma correta", disse Zanella.

O desafio dos pesquisadores agora é encontrar um alojamento confortável que também evite a mortalidade dos filhotes. "Queremos desenvolver um sistema que seja mais eficaz em diminuir o esmagamento, um método do leitão escapar mais fácil",disse o pesquisador Thiago Bernadino.

Do G1 São Carlos e Araraquara

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