Saúde Municipal se antecipa na aquisição de material de atendimento a infectados

Saúde Municipal se antecipa na aquisição de material de atendimento a infectados

Webmaster 13/11/2015 - 09:50
A preocupação do momento, para a Secretaria Estadual é de se evitar o óbito, pois a epidemia é iminente em grande parte do Estado. Descalvado não registrou nenhum caso nos últimos quatro meses


Depois de quatro meses sem registrar qualquer caso de dengue Descalvado sai na frente com medidas preventivas contra uma possível epidemia da doença, prevista para várias regiões do Estado de São Paulo. A Secretaria Municipal de Saúde, atendendo às metas propostas pelo governo já adquiriu o kit de material e remédios para combater a doença nos possíveis infectados, já que o período está propício às chuvas. São mais de 30 mil unidades de materiais que estarão em estoque.

Em reunião realizada na quarta-feira, 11, no Hospital Estadual de Américo Brasiliense, com a presença de secretários e diretores da Saúde da região foi declarado que o Estado está próximo de uma epidemia generalizada. Foi transmitida as perspectivas de ações e as prioridades no momento, com o seguinte recado: “a preocupação não é mais com a epidemia e sim com o número de óbitos”, provocados pela doença.

A diretora de Saúde de Descalvado, Luiza Tinelli, que está sempre presente nas ações da Secretaria do Estado disse que a situação na região é alarmante e a cidade ainda é privilegiada, pois em quatro meses nenhum caso havia sido registrado. Nas últimas semanas apareceram suspeitas de novas infecções e alguns casos já registrados. “Estamos alertando que já há casos de dengue, e precisamos da conscientização e colaboração de todos. A população tem que estar envolvida nas ações propostas e prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Temos que evitar o óbito”, esclareceu a diretora em forma de apelo.

Está sendo providenciado carro de som que fará alerta em todos os bairros e região central da cidade, pedindo a colaboração da sociedade par a não deixar locais e utensílios com água parada para se evitar o pior, como tem acontecido na grande São Paulo que registou em agosto deste ano cerca de 500 mil casos de acordo com dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde e 360 mortes.

Neste ano, 450 cidades paulistas tiveram taxa de incidência epidêmica da doença - quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes, o que indica que 70% do Estado viveu ou ainda vive um surto da doença. O índice corresponde ao triplo do número de cidades que tiveram epidemia no ano passado - 142.

A compra dos materiais e remédios para atender os infectados da doença foi antecipada, de acordo com a diretora de Saúde de Descalvado prevendo uma alta de preços nos produtos e na escassez se a epidemia se confirmar no Estado.

São quase 30 mil unidades de materiais entre soro fisiológico, equipo macrogotas, agulhas de dois tipos e seringas descartáveis, coletor de material perfurocortante e 500 caixas de luvas descartáveis [tamanhos P e M] para a composição de um kit de atendimento, que começou a chegar no depósito da farmácia do Centro de Saúde “Vital Brasil” já na quarta-feira, 11, e distribuído nas unidades de Saúde e Pronto Socorro para garantir o atendimento imediato em casos suspeitos.


Sintomas comuns
Vale lembrar que as pessoas que tiverem sintomas como febre alta, forte dores de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, nas regiões do tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo e muitas dores nos ossos e articulações que procurem de imediato uma unidade de saúde ou o seu médico. A dengue mata!




Território Nacional: 600 pessoas morreram este ano por implicações da doença

Em todo o Brasil, o número de pessoas infectadas neste ano chegou a 1,3 milhão, o segundo maior índice da história, perdendo apenas para 2013, quando 1,4 milhão de brasileiros tiveram a doença, segundo dados do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que reúne registros até 18 de julho. No período, 600 pessoas morreram por complicações da doença.

São Paulo é o Estado com a segunda maior taxa de incidência de dengue no País, com 1.406 casos por 100 mil habitantes, perdendo apenas para Goiás, que tem índice acumulado de 1.831. O pico da doença ocorreu em abril, e o número de casos foi caindo assim que as temperaturas diminuíram.

Enquanto a taxa de incidência naquele mês foi de 195,3 casos por 100 mil habitantes, em junho o índice caiu para 35,8. Alguns Estados com clima mais quente, no entanto, mantiveram em junho taxas de incidência superiores a 100. É o caso de Tocantins, Ceará e Goiás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No interior de SP
Em 2015, as cidades do noroeste paulista foram as mais afetadas pela epidemia. A líder em incidência da doença foi Estrela D´Oeste, com 1.361 pessoas infectadas e taxa de 16.683 casos por 100 mil habitantes. Em seguida no ranking de municípios mais afetados estão Onda Verde, Cândido Mota, Nova Canaã Paulista e Guaimbê, todos no interior.

Na capital paulista, o número de casos nos 05 primeiros meses deste ano chegou a 87.470, o triplo do registrado em todo o ano passado, quando 29 mil pessoas foram contaminadas.

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