Mãe entra na justiça para que filha tenha intérprete de libras em sala de aula

Mãe entra na justiça para que filha tenha intérprete de libras em sala de aula

Webmaster 01/03/2016 - 17:31
A jovem Letícia da Silva Gomes, uma aluna exemplar de 16 anos de idade está sem frequentar a escola por uma total negligência do Estado, pois Letícia é surda, e por isso requer que seja colocado em sala de aula uma intérprete, que domine libras, que é a Língua Brasileira de Sinais.

Letícia deveria estar frequentando as aulas do primeiro ano do ensino médio, na Escola Estadual José Ferreira da Silva, porém como o Estado não disponibilizou uma intérprete de libras em sala de aula, ela não está conseguindo ir à escola. A mãe de Letícia, Marli Rodrigues da Silva Gomes disse a nossa reportagem que sua filha é bastante dedicada e estudiosa, e ela teme que como Letícia está sendo obrigada a faltar as aulas, ela perca o ano letivo.

Procuramos professores antigos de Letícia, para sabermos como era o desempenho dela em sala de aula nos anos anteriores, em que ela frequenta escolas municipais, e todos os educadores ouvidos pelo Descalvado disseram que ela é uma aluna exemplar e muito estudiosa.

Enquanto Letícia frequentava escolas municipais, ela possuía essa intérprete em sala de aula, com conhecimento em libras, o que permitia que ela acompanhasse todo o conteúdo passado.

Mãe recorre à justiça
A mãe de Letícia recorreu à justiça para que o Estado disponibilize uma intérprete com conhecimentos em libras, para acompanhar a filha em sala de aula, já que por lei a escola, seja ela municipal, estadual ou particular, tem a obrigação de acolher todos os alunos, e dar todos os mecanismos necessários para que esse aluno acompanhe as aulas, e no caso de Letícia, a escola é obrigada a colocar em sala de aula uma intérprete que possua os devidos conhecimentos na língua de sinais.

Entramos em contato também com o Dr. Fernando Oliveira, do escritório de advocacia Panone e Associados, que é o advogado que está cuidando legalmente do caso e ele nos disse que já ajuizou ação competente pedindo que a justiça obrigue o Estado a colocar esse profissional junto com Letícia, para que ela acompanhe as aulas, e segundo Fernando, em poucos dias o judiciário deve se manifestar favorável a isso, de forma liminar.

O triste fato é que enquanto essa situação não chega a um término, Letícia é obrigada a estudar em casa, sem o acompanhamento de educadores.
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