Polícia Civil começa a desmantelar quadrilha que furta e rouba gado na região. Em Descalvado quadrilha teria furtado pelo menos 150 animais

Polícia Civil começa a desmantelar quadrilha que furta e rouba gado na região. Em Descalvado quadrilha teria furtado pelo menos 150 animais

Webmaster 27/04/2016 - 07:01
A Polícia Civil investiga integrantes de uma quadrilha especializada em furtos e roubos de gado e máquinas agrícolas e que ataca propriedades rurais de São Carlos e região. Os criminosos levaram um enorme rebanho que pode estar sendo vendido em leilóes e também negociado para propriedades rurais de outros estados.

Um suposto integrante da quadrilha, identificado como o serviço geral C.H.S., 30 anos, acompanhado de seus advogados, se apresentou no 1º e 4º DPs no início da noite da última terça-feira, 19 e mesmo negando ter participação nos crimes, foi indiciado por furto de gado, após ter seu nome vinculado em uma transação realizada na semana passada no Cemosar, instalado no quilômetro 1 da estrada vicinal Domingos Inocentini.

O delegado Maurício Antônio Dotta e Silva responsável pelas investigações disse que muitas pessoas devem ser ouvidas nas próximas semanas para falar sobre seus relacionamentos com C. e integrantes de uma quadrilha que vem atacando propriedades nas regiões de São Carlos, Rio Claro, Araraquara, Analândia, Ipeúna, Pirassununga, Porto Ferreira, Descalvado, Brotas, Leme, Ribeirão Bonito, entre outros municípios da região.

Leilão
Segundo Dotta e Silva uma parte do gado segue para outros estados, porém outra parte é fracionada e negociada através de enxerto em leilões, como ocorreu no último dia 12, quando um agropecuarista de 57 anos, ao participar de um evento que ocorria no Cemosar, solicitou para que o leiloeiro parasse a venda dos animais, pois entre bois, vacas, bezerros, novilhas e cavalos, havia uma vaca e um bezerro da raça Girolando, que seriam furtados de sua propriedade com outras 15 cabeças de gado Nelore, no quilômetro 226 da rodovia Washington Luís [SP 310].

Dotta e Silva ouviu um agropecuarista de 72 anos que alegou ter levado o gado para ser vendido no leilão e teria comprado não só aquela vaca, como o bezerro e outros 15 animais de uma pessoa de nome C., residente na região do Broa em Itirapina. O agropecuarista também informou que teria pago pelos animais aproximadamente R$ 22 mil, sendo R$ 16 mil em dinheiro e outros R$ 6 mil em cheques.

Condução Coercitiva
No início desta semana os policiais civis do 1º e 4º DPs identificaram o serviço geral C.H.S. e ao ser questionado sobre o gado negou o crime e foi orientado a comparecer na delegacia de São Carlos para esclarecer a suposta venda dos animais.

Quebra Cabeça
Dotta e Silva informou que as investigações estão no início e um enorme quebra cabeça vem sendo montado por seus policiais que tem alguns nomes que poderiam estar se relacionando com a quadrilha.

O delegado disse que o bando possui além de negociadores, criminosos que trabalham como arrastadores e carregadores do gado que seriam de Itirapina, Analândia e Rio Claro, onde funcionaria o quartel general da quadrilha que negocia não só gado mas, máquinas agrícolas também com marginais de outros estados.

Quadrilha
Informações dão conta que a quadrilha estaria atacando por região desde o ano passado, quando durante um dos ataques na rodovia Ulisses Guimarães, na região de Itaqueri da Serra [região de Itirapina/Brotas], havia roubado dois caminhões com mais de 30 cabeças de gados de corte e ao ser interceptado por uma viatura da Polícia Militar um dos quadrilheiros teria passado sobre o corpo de um policial militar com um caminhão.

O PM chegou a ficar internado em estado grave na Santa Casa de São Carlos. Uma parte da quadrilha está identificada e a Polícia Civil de Brotas e Itirapina segue investigando a quadrilha. Na área rural de Descalvado, o bando realizou cerca de três ataques e teria levado mais de 150 animais. Já entre Ribeirão Bonito e São Carlos, foram dois ataques e cerca de 25 animais teriam desaparecido, bem como dois tratores de propriedades na Estrada Vicinal Domingos Inocentini.

Dotta e Silva disse que é de fundamental importância a participação da população da área rural no reconhecimento de marginais e denúncias sobre pessoas que estariam ligadas a venda irregular de gado. O delegado ainda informou que o furto e roubo de gado tem a finalidade única de revenda e o negócio é lucrativo.


São Carlos Agora

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