Pais de menino de 6 meses morto atropelado em rodovia são liberados

Pais de menino de 6 meses morto atropelado em rodovia são liberados

Webmaster 27/04/2016 - 08:33
Caso aconteceu na rodovia SP-225 em Pirassununga [SP] no domingo.
Preso por homicídio culposo, rapaz de 18 anos vai responder em liberdade.



Os pais do menino de 6 meses que morreu atropelado no domingo [24] na Rodovia Deputado Ciro Albuquerque [SP-225], em Pirassununga, foram liberados na tarde desta terça-feira [26]. O jovem de 18 anos, que foi preso por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, vai responder em liberdade. A mãe da criança, de 14 anos, estava em uma casa de acolhimento porque a família dela não tinha sido localizada.

A Polícia Civil informou ao G1 que o rapaz fez contato com um pai de criação e irmãos que moram em Boca da Mata [MG] e que o juiz autorizou que ele e a adolescente fossem soltos. O corpo da criança também foi liberado pelo Instituto Médico Legal [IML] e será enterrado na quarta-feira [27] na cidade mineira.

Em entrevista por telefone para a produção da EPTV na segunda-feira [25], a delegada Tatiane Cristina Parizotto informou que a criança caiu do carro em uma curva. Pelos depoimentos dos pais, a porta do Fusca abriu acidentalmente, o bebê caiu na pista e foi atropelado.

Relato da mãe
A reportagem da EPTV esteve no local do acidente e conversou com os policiais militares que atenderam a ocorrência. Segundo os PMs, a mãe e o pai do menino, bastante abalados, contaram versões diferentes sobre o episódio. Ela relatou que teria ajudado o pai a empurrar o carro com a criança no colo. O menino teria caído e sido atropelado pelo próprio pai. Já o pai disse que o menino teria caído com o carro em movimento e outro veículo que seguia pela rodovia teria atropelado o menino e não parou. Nenhuma testemunha viu o acidente.

No plantão policial, cada relato gerou um termo de declarações. A mãe do bebê afirmou que ela e o companheiro estavam voltando de Dois Córregos para a casa de familiares em Pouso Alegre [MG] e de lá seguiriam para Itanhandu [MG]. Todos estavam sem cinto de segurança e ela estava no banco da frente com o filho no colo. De acordo com o boletim de ocorrência, o rapaz não possui Carteira Nacional de Habilitação [CNH].

Em determinado momento, o pedal do acelerador quebrou e o carro parou. Seu companheiro fez um reparo com arame e conseguiu colocar o Fusca no acostamento da pista contrária. O pai decidiu fazer o carro pegar "no tranco" e a jovem desceu com o bebê no colo para ajudá-lo.

Quando o carro funcionou, ela correu para sentar no banco, mas o veículo acelerou muito e não deu tempo de fechar a porta. Na conversão para a pista contrária, a porta abriu totalmente, ela perdeu o equilíbrio e o bebê caiu de seus braços.

A jovem disse que sofreu escoriações com o desequilíbrio e que não sabia se o companheiro tinha atropelado a criança com a roda traseira ou se o filho tinha sido atingido por outro carro.

Disse ainda que ela e o companheiro correram para socorrer a criança, ficaram no meio da pista para que ninguém passasse pelo menino e começaram a pedir ajuda.

Relato do pai
Já o jovem contou que tinha ido com a família a Dois Córregos para vender enxovais e toalhas e que, em uma subida, o carro parou.

Ele percebeu que o cabo do acelerador tinha arrebentado e amarrou um pedaço de arame para o carro funcionar. Depois disso, conseguiu virar o Fusca, parando no acostamento da pista contrária, embaixo da sombra de uma árvore.
Segundo o rapaz, a mulher ficou sentada no banco do passageiro com o bebê no colo enquanto ele empurrava o veículo e, quando o carro funcionou, ele correu para o volante. Ao fazer a curva, a porta do passageiro abriu, a mulher se desequilibrou e o menino caiu dos braços dela no meio da pista.


G1

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