Em reunião com chefias, prefeito e vice reforçam confiança no funcionalismo

Em reunião com chefias, prefeito e vice reforçam confiança no funcionalismo

Webmaster 23/03/2010 - 16:41
Secretários, diretores e chefes discutem propostas para aperfeiçoar os trabalhos

O prefeito Luís Antonio Panone e o vice-prefeito Antonio Carlos Reschini, o Becão, reuniram-se com secretários, diretores e chefes de departamentos municipais com o objetivo de otimizar os trabalhos no âmbito do serviço público. O encontro aconteceu na última segunda-feira pela manhã, no anfiteatro da prefeitura. A proposta é que reuniões dessa natureza ocorram a cada três meses, até para estreitar ainda mais o relacionamento entre os funcionários ocupantes de cargo de confiança.

O prefeito Panone começou sua explanação reafirmando a confiança que ele e o vice Becão depositam em cada um dos funcionários. Para o chefe do Executivo, no entanto, é preciso justificar a essa confiança a partir do empenho de cada um no exercício de suas funções.

“Não podemos ter subprefeituras dentro da prefeitura. É preciso união. Eu sempre disse que nós formamos uma família. Nós damos toda a liberdade para o funcionalismo. Não existe opressão. Nós estamos fazendo uma administração transparente, diferente. Essa era a nossa proposta, desde a campanha. Nós não vamos admitir erro, exceto o involuntário. Porque, se houver algum erro, cedo ou tarde, nós vamos descobrir”, afirmou Panone.

Ao citar a reestruturação administrativa, o prefeito garantiu que está sendo um trabalho muito bem feito, fruto de um “esforço extraordinário” da atual administração. “Mas, nós estamos vivendo um momento perigoso, no que diz respeito às finanças. Por conta do fechamento da Cooperfrango, é possível que tenhamos uma queda na arrecadação. 2011 vai ser um ano difícil. Muito embora a reestruturação não signifique aumento de salário, muitos funcionários terão seus vencimentos readequados, e é preciso ter cuidado com a folha de pagamento, para que ela não ultrapasse os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

“Muita gente não vai gostar do que eu vou dizer” – continuou Panone – “mas nós vamos transformar essa cidade num canteiro de obras. E muitos dos convênios que nós firmamos, ao longo de 2009 serão colocados em prática este ano. Se contados com os R$ 11 milhões destinados à construção da nova escola do SESI, nós conseguimos, junto aos governo federal e estadual, mais de R$ 22 milhões em recursos. Na semana passada, por exemplo, eu estive em São Paulo assinando os convênios para o asfaltamento de ruas do Parque Morada do Sol e do entorno do CAIC. No entanto, tais convênios exigem contrapartida da prefeitura. Nós também estamos trabalhando em várias obras, com recursos próprios. Só nos serviços de infraestrutura do prolongamento da avenida Independência e adjacências nós investimos R$ 1,2 milhão de recursos da prefeitura”.

Antes de franquear a palavra aos presentes, Panone ainda fez questão de reafirmar sua confiança na capacidade de recuperação da economia descalvadense, em face ao fechamento da Cooperfrango, já que “novas empresas estão chegando e se instalando na cidade, como a Aminogel”, disse.
Em seguida, todos os secretários foram convocados a falar sobre os pontos positivos e negativos de setores específicos, respeitando a peculiaridade de cada secretaria.

Em particular, os secretários observaram os pontos positivos e os que precisam ser aperfeiçoados no setor de Compras. Para o secretário da Saúde, doutor Edinir Salvador Sápia, existe uma dificuldade muito grande de se atuar com planejamento a longo prazo, já que a demanda por medicamentos e demais procedimentos relativos à sua Pasta é enorme. Para se ter uma idéia, só em medicamentos, no primeiro trimestre de 2010, foi consumido R$ 1, 5 milhão. Mensalmente, são feitas aproximadamente 500 viagens transportando pacientes às cidades da região.

Já a secretária de Saneamento, Água e Esgoto, Patrícia Bortoletto de Falco, acredita que existe um bom diálogo entre a SSAE e os funcionários do departamento de Compras. Já o secretário de Obras e Serviços Públicos, Édner Tortella, o segredo para melhorar o andamento do serviço em todos os setores é aumentar o vínculo de relacionamento entre as secretarias. “Nós dependemos um do outro [referindo-se aos secretários]”, afirmou. Para ele, a agilidade do setor de Compras foi fundamental para a conclusão da obras das casas da CBHU, no Parque Vitória.

O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, André Fernandes, sugeriu que fosse colocada em prática a figura do “facilitador” – que seria uma espécie de “desembargador” dos processos licitatórios, identificando e propondo a solução dos problemas durante o processo de aquisição de materiais. A proposta já havia sido apresentada pelo prefeito Panone, na última reunião que ele manteve com os secretários.

Para o secretário de Finanças, Wilson Scatolini, “se existe morosidade no processo de compras, é porque existe lei. E nós respeitamos a lei. É preciso, no entanto, definir o que é ou não urgente. Quando a ponte da Bela Vista ruiu, em menos de 24 horas já havia máquinas trabalhando na obra de recuperação. Essa era uma situação emergencial. Mas, é preciso ter um planejamento em longo prazo”.

O diretor do setor de Licitação, Edson Moreira, reconheceu que existem dificuldades pontuais. Para se ter uma noção do volume de pedidos que chega ao departamento, nesse momento existem 2.034 solicitações de compras. Ele também afirmou que existem fatores alheios ao setor, que tornam o processo lento. Em janeiro, por exemplo, muitas das empresas que participam dos pregões entraram em recesso. Isso dificultou a formação de pregões.

Após a palavra dos presentes, o prefeito Panone afirmou que a cobrança entre os setores é algo normal e terá continuidade, visando o aprimoramento dos trabalhos. Ele também propôs treinar um funcionário de cada secretaria que atuaria como “facilitador”, em busca de tomar conhecimento dos meandros dos processos licitatórios. Outra medida é melhorar a discriminação do objeto a ser licitado. “Essa foi uma primeira conversa nossa. Outras virão. Agora, abrir mão da legalidade, nós não vamos mesmo”, finalizou o chefe do Executivo.


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