Segundo a denúncia, o objetivo dele era receber diferenças de planos econômicos
A Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando um advogado de Santa Rita do Passa Quatro suspeito de falsificar procurações para receber diferenças de planos econômicos do passado. A fraude envolve até dados de pessoas que já morreram.
A advogada Neusa Ugattis afirma que sete de seus clientes foram prejudicados. A suspeita começou quando ela viu uma procuração com o nome de Marli Hilário, uma cliente que morreu em julho de 2008. Apesar disso, o documento para o advogado José Fernando Menon foi assinado em janeiro deste ano.
Neusa diz que o documento é falso e o objetivo seria iniciar o processo para reaver na Justiça as diferenças dos planos econômicos. “Ele assina essas procurações ou ele tem que explicar quem assinou”, disse.
Ela ainda denuncia que o advogado teve acesso ao nome das pessoas que teriam direito e ao número da conta no banco. Além disso, ela diz que pessoas de Porto Ferreira e Descalvado também foram vítimas do golpe. “Nessa situação, que merece investigação, cerca de 300 pessoas”, destacou.
A promotoria orienta que é preciso registrar um boletim de ocorrência caso alguém desconfie que o próprio nome ou de algum parente já falecido esteja sendo usado indevidamente. Ao todo, oito casos já foram encaminhados para a Polícia Civil, que já abriu inquérito para investigar as denúncias.
O delegado responsável pela investigação, Domingo Mattos, explicou que são fortes os indícios de falsidade ideológica. “Até agora não houve prejuízo para ninguém e ele também não obteve nenhuma vantagem econômica”.
Mattos ainda disse que tem 30 dias para concluir os inquéritos e encaminhá-los para o Ministério Público. A Polícia Civil de Santa Rita do Passa Quatro abriu mais um inquérito para apurar as denúncias contra o advogado.
A reportagem da EPTV procurou o advogado suspeito, mas ele não quis dar entrevista e negou todas as acusações.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Rita informou que notificou o advogado no fim do mês passado para que ele esclareça as denúncias. Ele tem até 15 dias para apresentar a defesa.
A assessoria da Nossa Caixa informou por telefone que está investigando como informações sigilosas dos clientes foram usadas na fraude.
Fonte: EPTV.Com