Taxa de transmissão de Covid-19 volta a crescer em Descalvado, aponta Boletim da Secretari

Taxa de transmissão de Covid-19 volta a crescer em Descalvado, aponta Boletim da Secretaria de Saúde

Webmaster 27/11/2020 - 07:00
Cidade registra novamente mais de 20 novos casos em um período de apenas 7 dias; total passa de 663


O total de pacientes que contraíram a Covid-19 em Descalvado chegou a 663 nesta quinta-feira [19], de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde, com registros compilados até 17h. Ao todo, foram 7 óbitos notificados desde o início da pandemia.

De acordo com os registros da Secretaria de Saúde, no final da tarde do dia 19 de novembro, a média móvel – que é média de casos dos últimos 7 dias – estava em 3 casos/dia [21 no total], um aumento de cerca de 25% quando comparado a semana anterior. Já a variação da média móvel – que aponta a mudança da média móvel nos últimos 14 dias – ficou em 31,25%, confirmando a tendência de crescimento na taxa de contaminação.

A percepção de uma melhora na situação de contaminação em Descalvado, de acordo com os Boletins Epidemiológicos, mudou nestas duas últimas semanas. De acordo com os registros, com dados atualizados até a tarde da última quinta-feira, o número de novos casos cresceu pela segunda semana consecutiva, indicando que a taxa de transmissão pode estar retornando para o estágio de constante contágio.

Também de acordo com o Boletim Epidemiológico número 247, havia 2 pacientes com contaminação confirmada internados em enfermaria e 19 em isolamento domiciliar. Dezessete pessoas aguardavam a liberação de resultado de exames em isolamento domiciliar, e 635 pacientes já estavam recuperados.

RELAXAMENTO DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A Secretaria de Saúde reforçou mais uma vez a necessidade da população manter as recomendações de prevenção e distanciamento social, de forma a evitar que a taxa de infecção volte a crescer. Para Wander Bonelli, Secretário Municipal de Saúde, pode estar havendo um relaxamento das medidas que poderiam prevenir o contágio. "A adesão ao uso da máscara caiu, muitos não adotam o distanciamento social e há aglomerações. Por exemplo, muitas pessoas têm frequentado bares, restaurantes, festas particulares ou outros locais fechados que não seguem as normas sanitárias. Além disso, um considerável número de pessoas tem agido como se não tivesse uma pandemia em curso", concluiu.

EXPOSIÇÃO DE JOVENS
Benilton de Sá Carvalho, pesquisador de estatística e epidemiologia da Unicamp, estima que uma segunda onda pode abater o país daqui a “quatro ou seis semanas”, considerando os relatos sobre aumento das internações que estão saturando a rede privada e transbordando para o sistema público, mesmo padrão visto no primeiro semestre. Carvalho critica a exagerada circulação da população, predominantemente jovens, e a menor adesão às máscaras.

“Os jovens estão se expondo muito e levam o coronavírus aos idosos, que são mais frágeis e precisarão de cuidar”, alertou. “Acredito que a nova onda de casos terá uma magnitude menor, porque conhecemos mais a Covid-19 e desenvolvemos o atendimento aos pacientes. Mas só vamos sossegar quando houver uma imunização”, concluiu.

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