Aumento de casos reforça importância das medidas de segurança contra COVID-19

Aumento de casos reforça importância das medidas de segurança contra COVID-19

Webmaster 27/11/2020 - 07:39
Em um período de apenas 7 dias, Descalvado registrou 31 novos casos de Covid-19, o que representa um aumento de 82,35% na variação da média móvel. Distanciamento social, higiene das mãos e uso de máscara de proteção seguem sendo os principais métodos de prevenção contra o novo coronavírus


O número de casos de Covid-19 vem crescendo no Brasil durante as últimas semanas, assim como, por consequência, o número de internações por conta da doença. Em Descalvado, em um período de apenas 7 dias [de 20 a 26 de novembro], foram 31 novos casos da doença, o que representa um aumento de 50% em relação a média móvel da semana anterior, e de 82,35% na variação da média móvel, que apura o comportamento de casos ao longo dos últimos 14 dias.

No dia 25 de novembro, ao divulgar o Boletim Epidemiológico de número 253, a Secretaria de Saúde também informou que os funcionários da Vigilância Epidemiológica realizaram mais uma etapa do trabalho de busca ativa de assintomáticos para Covid-19. De acordo com o informe, o trabalho está sendo ampliado conforme a possibilidade da Secretaria, sendo que após a realização de 137 testes rápidos em um único dia, os casos positivos deram um salto em relação àquilo que vinha sendo observado no município nas ultima semanas.

Do total de 137 testes realizados na quarta-feira, informou a Secretaria de Saúde, 13 pacientes tiveram a doença confirmada [10 deles moradores da área rural da cidade], dos quais foram avaliados pelo médico infectologista para posterior análise e alta.

Já o boletim do dia seguinte [26/11], voltou a apresentar o aumento do número de casos condizente com a média dos dias anteriores, apontando ainda que havia, naquela data, 25 pacientes com a doença confirmada [todos em isolamento domiciliar] e outros 2 internados em Unidades de Terapia Intensiva [UTI]. Quanto ao número de pacientes recuperados, o boletim número 254 apontava que do total de 694 casos, 660 já estavam com alta médica. Sete pessoas morreram desde em decorrência da Covid-19 dede o início da pandemia.

INCIDENCIA POR BAIRROS
Também no final da tarde da quarta-feira [25], o balanço da Secretaria de Saúde apontava que dentre os 692 casos conformados de Covid-19, incluindo os 7 óbitos registrados, a região central do município é a que aparece com maior incidência de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foram 258 no total - incluindo 4 óbitos.

Já a região leste da cidade, que abrange o Jardim Albertina e adjacências, figura em segundo lugar da lista de bairros onde houve maior incidência da doença, com 98 casos no total, incluído 1 óbito.

Santa Cruz e Bosque do Tamanduá registraram, cada um, um total de 63 pacientes positivados com Covid-19, seguidos da região que envolve os bairros Jardim do Lago e Jardim Colonial, com 62 casos [incluindo 1 morte], Morada do Sol [com 56 casos e 1 morte], zona rural [com 47 casos] e São Sebastião, com 44.

RELAXAMENTO
Especialistas apontam que uma das principais razões para o aumento de casos no país vem ocorrendo pelo fato de que pessoas das classes A e B, que tiveram a oportunidade de se isolar no início da pandemia, hoje estão relaxando quanto às medidas de distanciamento e participando, por exemplo, de encontros sociais, sem adotar as medidas adequadas de proteção.

O temor das autoridades é que ocorra algo parecido com o que houve no início da primeira onda de contaminação - a transmissão ir crescendo entre as demais classes sociais e, agora, interferir negativamente na evolução da curva de casos. “O distanciamento social, o uso de máscaras e de álcool em gel ainda são as principais medidas capazes de reduzir a transmissão da COVID. Aglomerações, festas e reuniões devem todas ser evitadas. A pandemia só será controlada com a ajuda de todos”, orienta o Rafael Pardo, médico infectologista da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina [SPDM.].

Além de evitar situações de aglomeração e usar, sempre, a máscara de proteção, o álcool em gel [70%] também deve ser utilizado, assim como a lavagem das mãos com água e sabão. “A higienização das mãos deve ser realizada sempre que vermos uma pia com água e sabão por perto. O uso de álcool em gel também: deve ser o dia inteiro, todos os dias”, reforça o infectologista.

Com a reabertura do comércio e a retomada de boa parte dos serviços e a proximidade das festas de final de ano, cabe destacar também a necessidade de atenção em locais fechados, como shoppings centers e supermercados. De acordo com Rafael Pardo, o uso da máscara nunca deve ser dispensado, para se proteger e proteger o próximo. “Ao usar a máscara você previne que outras pessoas se contaminem. Ao não usar a máscara, você expõe os outros e a si mesmo ao risco, e a pandemia começa a ficar descontrolada novamente”, encerra o médico.

CONSCIENCIA
As autoridades de saúde de todo o país estão reforçando a necessidade de a população não esquecer as medidas de segurança, e destacam que é preciso ter mais consciência. "As pessoas devem entender que essas precauções devem fazer parte do nosso dia a dia por muito tempo. Então, nós temos que nos habituar a tê-las, mantendo distanciamento, usando máscaras, higienizando as mãos com frequência, e evitando cumprimentos com as mãos. A gente orienta que as pessoas tenham consciência para o que chamamos de mudança de comportamento sanitário", destacou a enfermeira Chefe da Vigilância epidemiológica de Descalvado, Maria de Lourdes Cordeiro Santana.

Em ambientes públicos como bares, restaurantes e lanchonetes, explica a enfermeira, os cuidados devem ser redobrados. "O ideal é que a pessoa não se alimente nesses ambientes para evitar retirar a máscara, mas se realmente isso não puder ser feito, ao menos que as pessoas tentem permanecer com a máscara o tempo todo. Também é preciso observar se o estabelecimento está obedecendo o distanciamento entre as mesas e cadeiras, além de verificar se os funcionários destes ambientes estão atentos e instruídos quanto ao comportamento dos clientes, com por exemplo a manutenção do uso da máscara, os cuidados da etiqueta respiratória, e com a higienização frequente das mãos. A própria população tem que estar se policiando com relação a essas medidas e policiando, também, os estabelecimentos para saber se eles estão cumprindo esses protocolos", orienta.

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