Descalvado recebeu o primeiro lote da vacina de Oxford contra Covid

Descalvado recebeu o primeiro lote da vacina de Oxford contra Covid

Webmaster 31/01/2021 - 11:13
310 doses do imunizante foram entregues no final da manhã desta quarta-feira [27], no Centro de Saúde do município


O município de Descalvado, bem como as demais cidades da região, começaram a receber as doses do primeiro lote da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. A caixa com o primeiro lote da vacina – com 310 doses do imunizante - chegou ao município com escolta de equipes da 3ª e da 4ª Cia da Polícia Militar.

Cerca de 11 mil doses foram destinadas para o Grupo de Vigilância Epidemiológica de Araraquara, que inclui Descalvado e outras cidades da região. O lote contendo as 310 doses da vacina foi entregue no final da manhã desta quarta-feira [27], no Centro de Saúde Dr. Vital Brasil. A distribuição das doses nos municípios paulistas está sob a responsabilidade do Grupo de Vigilância Epidemiológica [GVE] - órgão de responsabilidade do governo estadual.

De acordo com a coordenadora do Centro de Saúde, Michele Fabiana Longo, as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford devem reforçar o trabalho de imunização dos profissionais da ‘linha de frente’ no combate ao Covid-19, que desde a semana passada, começaram a ser imunizados por meio da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. No dia 21 de janeiro, o município recebeu as primeiras 400 doses da Coronavac.

O governo federal comprou 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford produzidas na Índia, pelo Instituto Serum. Os imunizantes chegaram ao Brasil na sexta-feira [22], e no sábado as caixas passaram por um processo de rotulagem e posteriormente começaram a ser distribuídas aos estados pelo Ministério da Saúde.

SOBRE A VACINA DE OXFORD
Os testes iniciais em humanos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca começaram em abril do ano passado. A Organização Mundial da Saúde [OMS] chegou a falar que era a opção mais adiantada no mundo na época e, também, a mais avançada em desenvolvimento. O desenvolvimento da tecnologia é da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, sendo que ambas estão localizadas no Reino Unido.

O Ministério da Saúde anunciou a compra da tecnologia para produção dentro da Fundação Oswaldo Cruz [Fiocruz] em junho do ano passado. Já no dia 8 de janeiro deste ano, o pedido emergencial para o uso da vacina foi feito junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa].

O nome da vacina é ChAdOx1. Ela utiliza uma tecnologia conhecida como vetor viral recombinante. Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés e que não causa doença em humanos. A esse imunizante foi adicionado o material genético usado na produção da proteína "spike" do Sars-CoV-2 [a que ele usa para invadir células], induzindo os anticorpos.

A vacina mostrou eficácia média de 70,4%, com até 90% de eficácia no grupo que tomou a dose menor. Os dados foram publicados na "The Lancet", em dezembro. Na prática, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que 90% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.

Assim como no caso da Coronavac, a farmacêutica AstraZeneca também diz que é preciso tomar duas doses do imunizante. Entretanto, em dezembro do ano passado, especialistas britânicos disseram que a vacina de Oxford tem eficácia de 70% com 21 dias após a primeira dose. Quando a segunda dose é aplicada 12 semanas após a primeira, esse número pode chegar a 100%, diz a AstraZeneca.

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