O programa social “Fuxico de Mulher”, promovido pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, já atende a aproximadamente 600 mulheres de famílias de baixa renda residentes no município. O projeto partiu da necessidade de se criar oportunidades de geração de renda a centenas de famílias abaladas pelo desemprego, notadamente às mulheres que se utilizam do artesanato para garantir o sustento de suas casas.
O nome foi inspirado na prática artesanal que utiliza retalhos de tecidos dobrados e costurados em formatos de flores para a confecção de roupas de cama, peças de vestuário, cortinas e bolsas. A técnica é conhecida há mais de 150 anos, e seu nome passou então a ser caracterizado como sinônimo de “fofoca” - por concentrar centenas de mulheres que se reuniam para costurar e passar longas horas num bate-papo descontraído.
Tido como referência na região pelo seu relevante aspecto social, o programa utiliza as técnicas artesanais como tricô, crochê, macramé, biscuit, corte e costura, bordado, vagonite e o próprio fuxico - além de pinturas em tecido, madeira e telas. Nos cursos ainda constam oficinas sobre cooperação, solidariedade, produção e mercado. No ano passado, o “Fuxico” recebeu o prêmio “Responsabilidade Social”, do Instituto Biosfera, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro.
Os produtos confeccionados são comercializados na Casa do Artesão. Metade da renda obtida é destinada às artesãs, e a outra metade revertida ao Fundo Social de Solidariedade para manutenção e custeio deste e de outros projetos sociais.
Segundo a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, primeira-dama Jose Panone, são vários os motivos que fizeram do programa um sucesso. “Não é só a questão da geração de emprego e renda. Tem o lado do convívio social. Algumas cidadãs às vezes vão em busca de acolhimento, para falar sobre os problemas do cotidiano, conversar e desabafar. Também é uma higiene mental, já que promovemos atividades agradáveis”, disse Jose.
Atualmente, há turmas do “Fuxico” espalhadas em várias locais da cidade, como nos bairros Jardim Albertina, Parque Morada do Sol, CRAS, Casa dos Projetos e Centro Comunitário “Alberto Sundfeld”, no Santa Cruz – que recebe o maior número de alunas. São aproximadamente 180 artesãs que semanalmente passam pelo programa, naquela localidade.
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