Um anteprojeto de lei, de autoria do vereador Marco Antonio Galetti (PT), prevê a instalação de recipientes com álcool gel anti-séptico ou produtos similares nos estabelecimentos que prestam serviços de saúde.
Marco o fez, especialmente, após ter sido procurado por um munícipe que lhe deu a sugestão. O cidadão relatou sua preocupação após ter ido visitar um familiar e, inclusive, dirigindo-se a outros quartos do hospital.
O intuito é que haja a devida assepsia em instituições públicas e privadas, como hospitais, clínicas, farmácias, ambulatórios, consultórios médicos e odontológicos e afins.
Além disso, recentemente, para tentar conter o avanço das infecções hospitalares, a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução que determina o uso do álcool em todos em hospitais. “A Anvisa entende que a obrigatoriedade do álcool gel é uma medida importante e barata para a prevenção e controle das infecções em hospitais”, explica Marco.
É assim que o uso do álcool gel nas unidades de saúde passa a ser obrigatório. O produto também deverá ficar disponível nas salas em que há atendimento de pacientes, nas salas de triagem, de pronto atendimento, unidades de urgência e emergência, ambulatórios, unidades de internação, terapia intensiva, clínicas e consultórios.
Sem citar os serviços de atendimento móvel e lugares onde são realizados procedimentos invasivos. Segundo a norma publicada pela Anvisa, as unidades públicas e particulares têm 60 dias para o cumprimento da nova norma.
A medida veio após a confirmação de casos de contaminação em Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo, além da morte de 24 pessoas em São Paulo e de 18 no Distrito Federal, contaminadas pela bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase.
A opção pelo álcool gel se deu a partir da constatação da preferência do consumo nacional, quando das campanhas do Ministério da Saúde e notícias sobre a propagação do vírus da gripe A.
Junto ao álcool gel, também cresceu o consumo de sabonetes líquidos, indicados, principalmente, para ambientes públicos, no lugar da versão do produto em barra. “E muitas pessoas já opinam que o uso não será passageiro e constitui um novo hábito de higiene pessoal”, diz Marco.
Ele lembra que o álcool gel é uma maneira eficiente de combater bactérias. “É mais prático. Nós mexemos em dinheiro, abrimos e fechamos portas fora do ambiente familiar, cumprimentamos pessoas durante todo o dia. Não é preciso ir ao banheiro para lavar as mãos”, afirmou ao se pronunciar acerca de seu anteprojeto.
Para Marco, é necessário que as autoridades trabalhem para que este hábito tome conta de todos, motivo pelo qual optou por elaborar esta proposta em âmbito local.
O Anteprojeto de Lei foi remetido à Prefeitura Municipal de Descalvado no decorrer da semana e, se acatado pelo Prefeito, Luís Antonio Panone (PPS), deverá voltar à Câmara sob a forma de Projeto de Lei para votação.