Nasce um novo tempo para a agricultura familiar em Descalvado. Só no mês de fevereiro de 2011, a Chamada Pública promovida pela Prefeitura e Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pecuária prevê a compra de R$ 70.704,00 em hortifrutis diversos, destinados à merenda escolar – fato inédito em nossa cidade.
Com a promulgação da Lei 11.947, em 2009, todas as prefeituras são obrigadas a comprar 30% dos alimentos da merenda escolar de agricultores familiares. Essa lei veio ao encontro de uma das diretrizes da atual administração, de se promover uma alimentação saudável às crianças. Os recursos são do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), repassados ao PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
De acordo com o secretário de Agricultura, André Fernandes, a compra de alimentos diretamente do pequeno produtor é importante, já que eles não dispõem dos mesmos recursos técnicos e financeiros que os médios e grandes produtores. “Fica garantido o repasse de 30% do que é destinado à compra de hortifrutis diretamente da agricultura familiar, sem atravessadores.
Além disso, a implantação da chamada pública sempre foi um sonho do Prefeito Panone e em 2010 realizamos pela primeira vez na história de Descalvado a compra direta de alimentos da agricultura familiar utilizando este tipo de modelo. Com isto todos ganham, dos munícipes aos agricultores”, revelou Fernandes
Para o prefeito Luís Antonio Panone, “garantir uma alimentação de qualidade é de fundamental importância para o melhor rendimento escolar de nossos alunos. Temos a responsabilidade de formarmos uma geração de crianças saudáveis. A educação também passa pela alimentação. É preciso lembrar que alimentos não saudáveis trazem riscos de diabetes e hipertensão. O bom hábito alimentar se adquire na infância”, disse Panone.
Segundo o chefe do Executivo descalvadense, “é com muita satisfação que eu vejo a agricultura familiar prosperando em nossa cidade. Esse segmento econômico estava desamparado, desmotivado. Nós também investimos nas cadeias produtivas do leite e do mel, com os APLs (Arranjos Produtivos Locais), que está tirando diversos produtores da informalidade, gerando emprego e renda”.
Na chamada pública de fevereiro, foram adquiridos abóbora em pedaços (R$ 780,00), abacate (R$ 240,00), abacaxi (R$ 7.264,00), abobrinha extra (R$ 390,00), alfaces crespos e lisos (R$ 7.200,00), alho (R$ 1.870,00), almeirão (R$ 200,00), banana maçã (R$ 490,00), banana nanica (R$ 3.140,00), batata (R$ 7.800,00), berinjela (R$ 420,00), beterraba (R$ 650,00), cebola (R$ 2.000,00), cenoura (R$ 5.120,00), cheiro verde (R$ 1.200,00), chuchu (R$ 960,00), couve folha (R$ 1.000,00), escarola (R$ 200,00), espinafre (R$ 1.800,00), goiaba vermelha (R$ 4.050,00), laranja pêra (R$ 1.280,00), laranja lima (R$ 360,00), tangerina (R$ 300,00), limão tahiti (R$ 90,00), mandioca graúda (R$ 2.000,00), manga palmer (R$ 2.250,00), maracujá (R$ 1.610,00), milho verde (R$ 4.860,00), repolho (R$ 2.600,00), rúcula (R$ 1.940,00), tomate (R$ 6.080,00) e vagem (R$ 560,00), totalizando R$ 70.704,00.
Os agricultores familiares que desejarem fazer parte do programa, devem procurar a Secretaria de Agricultura, localizada na rua José Rodrigues Penteado, 27, no horário comercial, ou pelo telefone (19) 3583-3052.
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