Disco voador em São Paulo é de mentira

Disco voador em São Paulo é de mentira

Webmaster 28/02/2011 - 08:29
Dupla de especialista em efeitos especiais encontrou vários vestígios de computação gráfica

Globo.com/G1

O Detetive Virtual vai tratar de um mistério que tomou conta do Centro-Oeste paulista, na região que engloba as cidades de Agudos, Lençóis Paulista e Pederneiras. No início do mês de fevereiro, dia oito, os moradores contam que ouviram um barulho estranho.

“Foi como se alguma coisa estivesse caindo, bem forte”, conta uma mulher. “Senti a casa tremendo”, diz outra moradora. Outros moradores relatam: “Uma explosão”, “um clarão”.

Quais seriam as possíveis causas desse clarão? O Instituto de Pesquisas Meteorológicas local não registrou nenhum acontecimento anormal na data. Até existe uma pedreira por ali - só que naquele dia também não houve explosões.

Um grande mistério. Eis que esta semana surge um vídeo na internet, gravado na Rodovia Marechal Rondon que corta a região. Nas imagens, um objeto voador não identificado surge atrás da nuvem, fica plainando um bom tempo, até que se acende, pisca e desce.

Será um disco voador? Um óvni teria causado o estrondo do dia oito de fevereiro? Henrique Barduco, auxiliar administrativo, foi quem primeiro postou o vídeo na internet.

“Mandaram por email, eu procurei na internet para ver se tinha alguma coisa parecida com esse vídeo. E resolvi postar para ver a reação do pessoal, o que iam falar, se acham que é real ou não. A pessoa que está filmando não falou nada ainda, não se pôs aí nessa filmagem”, conta.

Os autores do vídeo ainda não apareceram para explicar a história. Mas o Detetive Virtual vai investigar esse mistério com a ajuda de Luís e Daniel - a dupla especialista em efeitos especiais que criou o vídeo mostrado domingo passado. Eles analisaram a imagem e deram o veredito: “A gente encontrou vários sinais de computação gráfica”, afirma Luis Carone. “O primeiro sinal e o mais evidente de todos é que quando o caminhão passa, e tem uma sequência em que o óvni some”.

“O segundo defeito é que se a gente tirar todo o movimento de câmera e olhar a imagem como se ela tivesse parada, a gente começa a observar que a nuvem acaba se mexendo junto com o óvni”, aponta Luis. “O terceiro indício que a gente vê é que quando essa luz sai da nave, ela é tão forte que não teria como ela não iluminar as nuvens em volta dela”, finaliza.

“O vídeo está muito bem feito. A gente só conseguiu detectar os problemas de computação gráfica fazendo uma análise bem técnica. A gente acabou se empolgando com a brincadeira deles”, conta Daniel Dias, que, junto com Luis, criou outra nave para fazer companhia a que já existia.

Portanto, o óvni fajuto é mentira. Agora, o barulho que o pessoal ouviu lá no interior paulista continua sendo um mistério. Quem sabe não foi outro disco voador?


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