Palestra encerra atividades em homenagem a Nhô Totico

Palestra encerra atividades em homenagem a Nhô Totico

Webmaster 13/05/2011 - 23:42
Com uma palestra do jornalista e escritor Paulo Fernandes, foi encerrada a programação em comemoração aos 108 anos de nascimento de Vital Fernandes da Silva, o Nhô Totico – humorista descalvadense que revolucionou o humor e o rádio brasileiros, com seus personagem que misturaram com maestria os tipos urbano e caipira. A série de homenagens foi promovida pela Prefeitura, Secretaria de Educação e Cultura, SESC de São Carlos e Adelace (Academia Descalvadense de Letras, Artes, Ciências e Educação).

A abertura das festividades foi no último domingo (8) com “Uma Noite Musical”, com o maestro José Carlos Tallarico Adorno e a professora Maria Cristina Cunha, juntamente com os alunos da Escola Municipal de Música “Maestro Quique Todescan”. No dia seguinte foi a vez da apresentação do espetáculo lítero-musical com os artistas Ney Vilela, Rogério Bastos e Eduardo Lima, do grupo “Letras e Sons”.

Por fim, Paulo Fernandes, autor do livro “Nhô Totico – O Rei do Riso” (editora Reverbo; 108 páginas) deu uma palestra no auditório da SEEC apresentando aspectos da vida do humorista descalvadense, considerado como gênio por autores como Lauro César Muniz e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

Biografia - Vital Fernandes da Silva nasceu em Descalvado interior do estado de São Paulo, em 1903. Último de seis filhos da italiana Adelina Mandelli da Silva e do baiano João Fernandes da Silva logo ganhou o apelido de Totó. Desde muito jovem tinha tendências para as artes influenciado por seu pai. João era um músico hábil que tocava vários instrumentos, mas adorava o violão.

"Ele criou a Escolinha da Dona Olinda, uma professora de bons modos, no Rádio, na década de 30. Entre os alunos, havia o "Minguinho, flor de estufa", o filho do doutor; Mingote, o nordestino; Mingau, o italiano; Seu Jorge, o preto velho; Sebastião, o caipira; Soko, o japonês; e Manuel, o português", de acordo com Piovezan e Solato (1992, p. 74)", conforme citação do livro "A ideologia da Escolinha do Professor Raimundo", de Roberto Ramos.

Houve uma passagem interessante que levou Nhô Totico a prestar esclarecimentos ante as autoridades policiais do governo de Getúlio Vargas. Em um de seus programas um dos personagens pergunta a um agricultor por quê seus tomates eram tão grandes e vermelhos. O outro respondeu que era porque ele fazia os tomateiros ouvirem a Hora do Brasil. Seus programas eram ao vivo, no pequeno auditório da Rádio. Gesticulava e se movimentava no palco de acordo com o personagem, quando chegava a atirar-se ao chão, dramatizando a cena.

As informações biográficas estão no site da wikipedia.


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