Um novo tipo de exame vai agilizar o diagnóstico da meningite. Em poucas horas será possível ter o resultado e, além de facilitar tratamento, o método é mais preciso e pode ajudar no controle principalmente de surtos, evitando que a doença se espalhe.
Em média, a meningite é diagnosticada em até 48 horas, mas na prática nem sempre isso acontece.
Com o novo exame, o resultado deve sair em até três horas, o que traz várias vantagens. Uma delas é a precisão. O Instituto Adolfo Lutz será responsável pelo exame.
A bióloga do laboratório em Campinas, Eneida Gonçalves Lemes Marques, diz que o Ministério da Saúde tinha dificuldades em identificar a bactéria que causa a meningite. Problema que não vai existir com esse novo método. “Não precisa de uma bactéria viva, porque a gente vai trabalhar com fragmento de DNA. Ele pega uma pequena quantidade de bactéria. Com 10 células você já conhece identificar qual a bactéria que está lá”, disse.
A doença
A meningite é a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas são febre, dor de cabeça, náusea e vômito e muitas vezes eles se confundem com outras doenças, como a dengue. A meningite é causada tanto por vírus como bactérias. O exame será usado principalmente em casos de surtos. “Como a meningite é transmitida por via respiratória, a gente precisa fazer um bloqueio desses comunicantes muito rápido. Nestes casos a gente vai ajudar a Vigilância Epidemiológica a fazer esse bloqueio em tempo”, destacou a bióloga.
O exame tradicional vai continuar sendo feito normalmente. O novo método será implantado gradativamente nos laboratórios regionais do Instituto Adolfo Lutz. As Vigilâncias Epidemiológicas devem solicitar o exame, quando necessário.
É importante lembrar que a prevenção é fundamental. Crianças com até dois anos de idade devem ser vacinadas contra meningite tipo "C". A vacina está disponível, de graça, em todos os postos de saúde.
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