Em Porto Ferreira dois servidores municipais recebem o Bolsa Família irregularmente

Em Porto Ferreira dois servidores municipais recebem o Bolsa Família irregularmente

Webmaster 19/05/2012 - 10:19
Fraude foi constatada após auditoria da Prefeitura de Porto Ferreira.
Sindicância deve determinar a punição dos funcionários públicos.


Dois servidores públicos municipais de Porto Ferreira (SP) estão recebendo o benefício do Bolsa Família de forma irregular. A fraude foi constatada depois de uma auditoria da prefeitura.

A funcionária pública Andreia Pizetta Marcelino mora no Jardim Aeroporto, um bairro de classe média, com casas nobres. Ela trabalha no Centro da Juventude, um órgão que pertence ao Departamento de Promoção Social do município, e é suspeita de receber irregularmente o Bolsa Família, um programa de transferência de renda destinado a famílias carentes.

No Portal da Transparência, do governo federal, o nome de Andreia consta na listagem de beneficiários do projeto. De acordo com os dados do portal, a servidora recebeu o benefício entre agosto de 2011 e fevereiro deste ano. No período, o valor chegou a R$ 672.

A reportagem do Jornal Regional procurou a funcionária no local de trabalho nesta sexta-feira (18). “Ela veio aqui, deixou o cardápio tudo certinho e foi embora para casa, porque ela está abonando hoje”, disse uma funcionária.

Outra tentativa foi na casa dela, mas a reportagem também não conseguiu encontrá-la. “Ela foi viajar”, explicou a empregada através do interfone.

Além de Andreia, outras pessoas são suspeitas de receber o benefício irregular. O Ministério Público pediu à Prefeitura de Porto Ferreira um esclarecimento sobre a denúncia.

Em nota, a prefeitura informou que uma auditoria no cadastro do bolsa família constatou irregularidades na concessão do benefício.

Segundo a administração municipal, pelo menos dois funcionários estão envolvidos na fraude, mas os nomes deles não foram revelados. Uma sindicância deve determinar a punição dos servidores.

O diretor de operação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Celso Correia, disse que a fiscalização é feita a partir de denúncias. “Se estiver recebendo indevidamente, o benefício é cancelado. Se a pessoa mentiu sobre renda, sobre composição familiar, a gente providência o processo administrativo para a cobrança do ressarcimento”, explicou.

G1 São Carlos


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