Fotógrafa do município usa técnicas para clicar cães, aves e cavalos.
Donos querem acompanhar o desenvolvimento e ter recordações.
O amor pelo animalzinho de estimação tem estimulado um costume, que é cada vez mais comum entre as pessoas: o registro em um álbum de fotografias de forma profissional. A moda chegou a Descalvado (SP) e tem muita gente eternizando as imagens dos bichos em álbuns.
O empresário Antônio Carlos de Almeida Júnior tem um filhote de cavalo da raça quarto de milha de sete meses. Desde o dia do nascimento, o pônei vem sendo fotografado. “Para ter um arquivo de cada fase de todo o crescimento e desenvolvimento dele. Isso vai fazer a diferença na hora de vender um filhote e também ter isso como documento”, disse.
Mas não existe só o interesse comercial já que, segundo ele, fotografar o animalzinho também tem seu lado afetivo. “É emocionante”, disse.
O animal já está tão acostumado com as lentes que faz pose e ainda desfila. Por trás da câmera, está a fotógrafa Silvia Prata que é experiente na relação com os animais, pois é formada em medicina veterinária. Ela usa uma série de artifícios na hora de clicar, como um pandeiro para chamar a atenção do animal.
Silvia trabalhou como veterinária durante seis anos e começou a fotografar nas horas vagas. O lazer se tornou profissão depois que ela resolveu fazer um book com as próprias cadelas. “Foi quando eu vi que tinha jeito para o negócio e conseguia fazer bem o negócio”.
Técnicas
Segundo ela, para conseguir fotografar os animais, principalmente no estúdio, não basta posicionar a câmera e clicar. É preciso usar uma série de instrumentos e técnicas pra prender a atenção desses bichos.
A música tranquila, por exemplo, ajuda a acalmar até os mais agitados. Também são usados brinquedos e muitos barulhos para garantir a sessão de fotos. “Eu consigo ver nas fotos não só a beleza, mas o íntimo de cada animalzinho. Eles merecem esse destaque e se sentem muito bem e a gente também”, disse a esteticista Ana Claudia Rosa Viana, que levou o cão para ser fotografado.
Ela consegue até prender a atenção de uma calopsita.”Eu conheço um pouco de comportamento animal e isso me ajuda bastante. Alguns animais respondem à estímulos sonoros altos e o cães a mais baixos. A calopsita , que é bem delicada, somente algumas coisinhas com cores e estímulos visuais”, afirmou.
A calopsita Piu piu e o comerciante Silvio Sicchiroli são parceiros há 12 anos. Como ela já não é mais tão jovem, ele decidiu procurar um profissional para ter uma lembrança do bichinho de estimação. “É uma forma de eternizar agora. Se acontecer alguma coisa eu vou ter uma recordação legal dele”, disse.
Fonte: G1 São Carlos
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