Chuva fora de época prejudica setores ceramista e sucro-alcoleiro

Chuva fora de época prejudica setores ceramista e sucro-alcoleiro

Webmaster 19/07/2012 - 08:38
Clima na região de São Carlos está mais úmido, segundo levantamento.
Desde o início do mês já choveu 52 milímetros, número acima do esperado.


As chuvas fora de época têm provocado consequências em vários setores da economia na região de São Carlos (SP). A combinação com o frio desse inverno muda o resultado da produção nos setores ceramista e sucro-alcoleiro.

Dados do Centro de Análise e Planejando Ambiental (Ceapla) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro revelam que o clima está mais úmido em relação aos meses de junho e julho de 2011.

As estatísticas mostram ainda que só nos primeiros dias de julho deste ano choveu 52 milímetros, número bem acima dos 30 milímetros esperados para essa época do ano.
Apesar do mau tempo, o inverno diferenciado deste ano tem também um lado positivo. Segundo especialistas, essa umidade melhora a qualidade do ar, diminuindo a poeira e as queimadas, típicas nesta época.

Por outro lado, há setores da economia preocupados com o clima. É o caso das indústrias de cerâmicas. Matéria-prima usada na produção de pisos e revestimentos, a argila precisa estar seca para se transformar na peça pronta. Para isso, são necessários alguns dias de sol, já que a secagem é feita em grandes terrenos abertos.

“Depois de moída, ela fica como se fosse um talco. As pedras, que têm até cinco centímetros, acabam ficando com um talco impalpável. Se estiver molhada, não consegue moer porque vai emplastar”, diz Heitor Ribeiro de Almeida Neto, presidente da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer).

Outro setor que também tem sofrido é o sucro-alcoleiro. A chuva atrasou a colheita e pode prejudicar a qualidade.

“Não é porque a cana ficou parada que nós temos uma perda de açúcar. Quando está chovendo, a cana volta a crescer e perde o teor de sacarose, esse é o prejuízo do ponto de vista da qualidade da matéria-prima”, explica Sérgio Prado, representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).


Fonte: G1 São Carlos



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