Governo não negocia e servidores públicos fecham os portões da UFSCar

Governo não negocia e servidores públicos fecham os portões da UFSCar

Webmaster 31/07/2012 - 12:16
Greve deve continuar: "Não haverá matricula, não haverá segundo semestre, não haverá vestibular"

Na manhã desta terça-feira (31), os servidores públicos federais, juntamente com Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCar), fecharam a portaria principal da UFSCar para mais uma manifestação contra a postura do Governo de não negociar com a categoria.

Os técnicos administrativos em Educação já estão em greve há 44 dias, em todas as 59 Universidade Federais. A principal reivindicação dos sindicatos é a reposições das perdas inflacionárias dos servidores públicos.

De acordo com o SINTUFSCar, a greve se dá pela falta de compromisso dos governos Lula e Dilma (PT) em tratar com seriedade as reivindicações apresentadas pela categoria.

Durante a manhã de hoje, os servidores públicos da UFSCar, fecharam a portaria principal da Universidade, em São Carlos, para mais uma vez tentar sensibilizar o Governo e conseguir que o mesmo aceite negociar com os trabalhadores e apresente propostas concretas para os sindicatos.

A manifestação de hoje, de acordo com Sérgio Pinheiro Nunes, coordenador geral do SINTUFSCar, é devido a mais uma "manobra" do governo para não negociar com a categoria. "O Governo havia dado um prazo para apresentar uma proposta, o prazo era 31 de julho. Nós recebemos, ontem a noite, uma informação de que o Governo não iria mais apresentar essa proposta hoje e que somente se pronunciará no dia 17 de agosto, mostrando mais uma fez uma postura intransigente, não faz nenhuma proposta e se mostra insensível às nossas reivindicações", afirmou Sérgio.

Ainda segundo Sérgio, a manifestação que ocorre hoje é em nível nacional, em todas as Universidades Federais do país e tem como objetivo mostrar para o Governo que a greve é forte e é a nível nacional. Ele lembrou ainda que os portões estão fechados apenas para os carros, e as pessoas que quiserem entrar na Universidade não estão sendo impedidas, desde que façam isso a pé.

A manifestação em frente à Universidade, de continuar durante todo o dia e a greve deve continuar até o Governo e os Sindicatos acertarem todos os pontos apresentados em pauta. Até essa negociação ocorrer, as Universidades continuam paralisadas. Amanhã, segundo o SINTUFSCar, será realisada uma assembleia para avaliar a manifestação de hoje e o impacto que teve.

"Hoje cremos que esteja tudo paralisado, em todas as Universidades e é assim que deverá permanecer. Não haverá matricula, não haverá segundo semestre, não haverá vestibular, enquanto o Governo não negociar com os trabalhadores", afirmou Sérgio.

O sindicato espera receber o apoio da população e dos alunos, para que as aulas, assim como os trabalhos possam ser normalizadas. "Esperamos não só o apoio da população de São Carlos, mas sim como um todo. A gente pede a compreensão das pessoas, sabemos que é ruim fechar os portões da Universidade, a gente sabe que há um atendimento que é feito à população pela Unidade de Saúde Escola (USE), porém a nossa manifestação hoje é para que esse atendimento possa ser cada dia melhor. Se a gente aceita essa situação que está posta aí, amanhã a não sabemos o que vamos ter, se a gente não vai ter funcionário terceirizado trabalhando na USE prestando um serviço de péssima qualidade porque não são funcionários de carreira, não tem uma perspectiva de crescimento" finalizou Sérgio Pinheiros Nunes.

São Carlos Agora





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