Peixe nada mais de 500 KM até ser capturado em Cachoeira de Emas

Peixe nada mais de 500 KM até ser capturado em Cachoeira de Emas

Webmaster 09/08/2012 - 08:03
Um fato raro e inusitado aconteceu no Distrito de Cachoeira de Emas durante a última semana. Um peixe rastreado pela Universidade Federal de Minas Gerais – UGMG foi capturado no rio Mogi Guaçu.

De acordo com Fábio Sussel, zootecnista e pesquisador científico da APTA – UPD Pirassununga, o peixe, da espécie dourado foi marcado e solto em Porto Colômbia, no Rio Grande (divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo). “Considerando que o rio Mogi Guaçu é sinuoso, estima-se que este peixe tenha nadado em torno de 500 km até chegar em Cachoeira de Emas”, afirmou.

O dourado mediu 83 cm e pesou 7,5 kg. O fato interessante é que este era um peixe rastreado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ao limparem o peixe, foi encontrado um objeto estranho dentro dele, o aparelho rastreador.

Este rastreador eletrônico era da marca Lotek (fabricado em Israel) e é comumente utilizado em vários tipos de animais. O objeto não estava tão limpo, já que o organismo do peixe ao identificar tal objeto estranho faz uma espécie de envelopamento do material - reação normal do organismo. Conforme o rastreador foi sendo limpo foi possível para notar que havia informações no mesmo, como: instituições, telefone de contato e até mesmo um aviso de recompensa.

Após contato telefônico com o pesquisador da UFMG, o mesmo mostrou-se empolgado em estudar melhor os peixes de Cachoeira de Emas. “Desta forma ele estará presente aqui na próxima semana, onde através de uma antena que capta os sinais dos peixes marcados, o mesmo irá procurar mais peixes marcados que tenham feito a migração até aqui”, disse Sussel.

O rastreador se encontrava dentro da cavidade abdominal do peixe (como mostram as fotos da matéria). A antena (este pedacinho de fio que aparece na imagem) era bem maior, em torno de uns 30 cm, que ficava pra fora do peixe realmente. “A cicatrização estava perfeita, tanto por dentro quanto por fora do peixe. Aparentemente o peixe convivia bem com o equipamento. Muitos devem estar achando um absurdo um negócio deste, mas são recursos necessário visando a obtenção de informações para conservação da própria espécie”, afirmou o pesquisador Sussel.

A descoberta foi importante porque mostra o trabalho feito por pesquisadores do Brasil todo que lutam pela preservação das espécies do rio Mogi Guaçu.

“O contato com a UFMG foi feito e estou aguardando o retorno do pesquisador responsável para maiores informações. É a tecnologia sendo usada nas pesquisas de conservação de peixes”, finalizou Fábio Sussel.

Fonte: www.difusorapirassununga.com.br

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