Aumento dos casos de Coqueluche em 2024: bebês correm riscos de morte

Rodrigo 26/07/2024 - 14:22

Colaboração Veruska Sonda

 

Em maio deste ano, a União Europeia divulgou Boletim Epidemiológico constando aumento da Coqueluche em pelo menos 17 países, com mais de 32 mil casos registrados nos três primeiros meses de 2024, contra 25 mil ao longo de todo o ano passado.

No Brasil, alguns estados têm demostrado aumento significativo nos casos da doença. No Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde registrou um aumento de mais de 300% de casos da doença até julho deste ano, comparado ao ano de 2023 inteiro. Na cidade de São Paulo foram 165 casos em 2024, número bem maior que os 14 registrados no mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

A Coqueluche é uma doença causada pela bactéria como tosse comprida, é uma infecção respiratória presente em todo o mundo. A principal característica são crises de tosse seca, mas a doença pode atingir também traqueia e brônquios. Os casos tendem a se alastrar mais em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.

Segundo a Vigilância Epidemiológica de Descalvado, nas crianças, a imunidade à doença é adquirida apenas quando administradas as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Bebês menores de 6 meses podem apresentar complicações pela coqueluche e o quadro pode levar à morte.

A vacina utilizada no país é a Tetravalente: (consiste na combinação DPT, proteção contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Hib, proteção contra Haemophilus influenzae Tipo B).

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

O Ministério da Saúde alerta: um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo. Por conta do risco de exposição, a imunização de crianças já nos primeiros meses de vida é tão importante.

 

*Sintomas - podem se manifestar em três níveis: no 1º, o mais leve, os sintomas são parecidos com os de um resfriado e incluem mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem e a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. As crises de tosse podem provocar ainda vômito ou cansaço extremo. Geralmente, os sinais e sintomas duram entre seis e dez semanas.   

A Enfermeira Maria de Lourdes Santana (Vigilância Epidemiológica Municipal) orienta sobre a necessidade da vacinação e se apresentar sintomas de tosse seca, febre e espirros, a pessoa deve entrar em contato com a unidade Vigilância Epidemiológica pelo telefone (watts) 19-3583-5680 ou procurar uma unidade de saúde próxima de sua casa.

 

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